O medo como obstáculo à mediunidade

Tudo que nos chega e que nos obriga a modificar, sejam nossas ações sobre como pensamos ou como agimos no nosso cotidiano, causa-nos o medo. E o medo nos faz errar, como se ele obrigasse a pessoa a ser injusta com ela mesma e com seu próximo. E por não tentarmos entender o novo, deixamos o medo nos guiar.

O medo é uma ignorância a respeito de uma mudança que não queremos, por isso não gostamos nem de pensar nessa mudança. Preferimos ignorar, fingir que nada está acontecendo.

No espiritismo o medo se manifesta nas pessoas, atrapalhando o progresso dela e dos membros do grupo.

Em um centro espírita, o medo pode levar um grupo todo a se perder ou a ficar estacionado. O medo pode atrapalhar o desenvolvimento dos médiuns, pois o medo não os deixa estudar as novidades que poderiam trazer as mudanças em tudo, mas muitas vezes são essas mudanças que lhes causam pavor.

Como exemplo, vamos imaginar que uma pessoa que manca de uma perna fosse escolhida para ensinar como se anda para crianças que estão aprendendo a dar seus primeiros passos. Neste exemplo hipotético, as crianças só teriam a pessoa que manca como exemplo a ser seguido, bem provavelmente assumiriam como correto e normal a forma de andar mancando, mas estariam aprendendo errado.

Um médium psicofônico, que não supera seu medo de incorporar espírito, não pode desenvolver sua mediunidade plena, pois se for dado a ele alguma função dentro da casa, principalmente de dirigente, ele não conseguirá desenvolver a mediunidade de ninguém, prejudicando assim o desenvolvimento dos outros médiuns dentro da casa espírita, pois estes últimos, se seguirem os passos deste dirigente, achariam que o melhor modelo de uma casa espírita seria uma casa onde não ocorre a mediunidade de incorporação pelo médium, tal como aconteceu no nosso exemplo hipotético com as crianças.

Por isso a importância do estudo e da disciplina no desenvolvimento da mediunidade, pois através do conhecimento e da disciplina o medo será vencido aos poucos.

4 comentários em “O medo como obstáculo à mediunidade”

  1. Importantíssima essa reflexão, pois infelizmente vemos vários médiuns que acreditam que já sabem tudo, não precisam de mais nada, porque já são bem esclarecidos e que agora os outros é que precisam saber, ele não, ele agora só precisa ensinar. Que grande ilusão!
    Ao estudar o espiritismo com seriedade e amor descobrimos que ensinamos e aprendemos o tempo todo, que nunca e ninguém, a não ser nosso Deus, sabe tudo.
    Estamos burilando nossos espíritos e como médiuns mais ainda, pela responsabilidade que se tem neste exercício de auxílio.
    Ler, reler, estudar, compartilhar, trocar e acima de tudo praticar os ensinamento que o espiritismo nos oferece é uma constante OPORTUNIDADE de aprender sempre.
    Devemos sim em vários momentos nos fecharmos em nossa meditação, reflexão e encontro com o Senhor, mas apenas para esclarecimentos sobre nos e Ele, porém a luz, os esclarecimentos vindos destes momentos tem como objetivo nos fazer melhores para que possamos irradiar, propiciar, compartilhar esse crescimento impulsionando, agregando, potencializando forças para o bem.
    Conhecimento não dividido é só orgulho.
    Conhecimento não trocado só imposto é prepotência.
    Conhecimento é instrumento de evolução intelectual e moral, ferramenta a ser disponibilizada à todos.
    Entretanto, infelizmente muitos de nós nem a si conhecem bem, imaginem as tantas maravilhas que o Senhor nos apresenta dia a dia, a medida de nossa evolução.
    Ele, o Senhor sabe, não exige que ande aquele que ainda não descobriu para que servem as pernas.
    Graças àquele que nos vê como somos e não como queremos que nos vejam e que em sua infinita bondade nos perdoa por nossos limites e nos acolhe no imenso desejo de aprender.

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